sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Entrevista com Maurício Corrêa Leite


"Estradas de terra em campos minados, longas viagens em uma frágil canoa, noites sem luz, dias e dias em lugares isolados. Para promover o livro e a literatura, o mato-grossense Maurício Corrêa Leite sempre enfrentou desafios assim. Aos 54 anos, esse educador errante já passou por maus bocados. Ano passado, por exemplo, pegou malária em Angola. Mas nada disso o impede de seguir sua trajetória. Ao contrário. Como ele conta ao A&P, em entrevista concedida por telefone de sua casa em Cascais, Portugal, os desafios o impulsionam sempre mais."
Por Lucila Rupp

Acompanhe agora alguns trechos da entrevista cedida ao A&P:

A&P – Qual foi seu percurso para chegar à área de promoção da literatura? Maurício Corrêa Leite – Sou formado em teatro e andava com uma dessas malas que têm boneco, fantoche, maquiagem e fantasia. Como tinha sido professor e sempre trabalhei com movimentos ligados a causas sociais e à educação de minorias, qualquer dinheirinho que conseguia era para comprar livro. Um dia, olhei para minha mala e pensei: isso aqui dá uma bela biblioteca. Empurro a parte de teatro para cá, ponho os livros aqui e pronto! Criei essas bibliotecas itinerantes por uma necessidade, por um desespero: queria saber como uma quantidade menor de livros poderia atingir uma quantidade maior de crianças, num tempo menor e com um custo mais baixo.

A&P – Por onde sua mala já andou? Maurício Corrêa Leite – Comecei a trabalhar com a mala de leitura em 1980, na Ilha do Bananal (Tocantins), em aldeias indígenas e escolas da zona rural. A mala andou pelas capitais brasileiras e principalmente pelo interior do país. Em 1990, tornei-me fellow da Ashoka, que me abriu uma porta internacional. Meu trabalho fora do país começou nos Estados Unidos e foi para o México, África, Portugal e Espanha.
A&P – Como se lê uma história? Maurício Corrêa Leite – Quando você assume o papel de apresentar um livro, tem que ter um certo preparo, fazer bem a lição de casa. Tem que conhecer o livro e o ritmo das palavras, não mudar as vírgulas do lugar, ler as reticências nos tempos normais... O livro é sua partitura. Se você der uma pausa além daquela que o autor indicou, pode mudar todo o sentido da história naquele momento.

Quer saber mais sobre a história, click aqui e se encante

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Convenção do Instituto C&A 2009

No dia 20 de outubro de 2009, centenas de voluntários desembarcaram na cidade de Atibaia(SP) para realizar a convenção do Instituto C&A. O tema principal da festa foi a infância. O evento conta com a presença dos voluntários de todas as unidade da empresa no Brasil, lideranças e representantes.